domingo, 28 de junho de 2009

Mais útil e menos fútil


Na sexta, estava a caminho do metrô pra ir pro curso quando passei por aquelas ruas ermas do centro da cidade (entre a 1º de março e a Rio Branco) e ví vários seres humanos catando sobras que outros seres humanos deixaram para trás. Pensei imediatamente no João de Barro. Eles deviam morar nas imediações da Praça XV e, enquanto uns seres estavam a caminho do seu conforto do lar, outros seres buscavam algo que confortasse o seu não-lar. Você precisa de tudo o que possui? Você precisa de tudo o que compra? Se precisasse não jogaria fora. Essa semana fiz um exercício dificíl para a maioria dos seres que acumulam coisas que não precisam, tirei tudo do armário e separei o que não preciso. Deixei lá, no canto. Outro dia olhei de novo e comecei a pegar coisas que não preciso de volta, desapega, menina! Outras pessoas podem estar realmente precisando daquilo que você acha que precisa.

Há 3 dias na fila de espera do metrô de Botafogo vi um casal sentado no banco da praça. Fazia um silêncio anormal entre eles e resolvi prestar atenção, eram surdo-mudos. Eles estavam gesticulando, se tocando em silêncio. Seria muito bom me comunicar com alguém sem barulhos ou gritos, só beijinhos e carinhos sem ter fim...